O bairro do Pina ou Polo Pina, como é mais conhecido, localizado na Zona Sul do Recife, já foi considerado um dos lugares mais efervescentes da cidade na década de 1990. Com belos apartamentos com vista privilegiada para o mar e sua orla de praia com 1 km de extensão, que antecede a praia de Boa Viagem, de 8 km, além de barracas de coco no calçadão, quadras esportivas, espaço de skate, pista de cooper e ciclovia, a área atrai todos os anos centenas de turistas de diversas partes do Brasil e do mundo.
Com o findar dos anos 90 e começo dos anos 2000, a região foi perdendo seu potencial turístico e econômico. Comerciantes fecharam suas portas e se mudaram para outros locais. O número de turistas pode diminuir em função da desvalorização da área. Em 2005, a prefeitura tinha um plano de requalificação da localidade, que incluia o projeto de criar um polo turístico na cidade. Intitulado de "Núcleo de Entretenimento do Pina e Brasília Teimosa", o projeto estava orçado em R$ 1,5 milhão de reais, mas não saiu do papel.
Enquanto isso, a população do bairro reclama da falta de valorização da área. Imóveis e prédios comerciais abandonados fazem parte do cenário de um dos bairros que deveria impulsionar o turismo no Recife. Um pequeno trecho de cerca de 200m no final da avenida Herculano Bandeira, ainda conta hoje com algumas lojas como salão de beleza, academia, padaria e hotel que empregam aproximadamente 500 pessoas. Mas as condições da rua de acesso deixam a desejar, com paralelepípedos afundados em vários trechos. Quando chove, a via alaga impedindo o acesso dos frequentadores. O pórtico de entrada hoje é apenas uma estrutura de concreto em estado precário e a pouca iluminação favorece a ação de assaltantes.
Rua que dá acesso à praia do Pina |
Os lojistas que trabalham no bairro temem perder os clientes, num lugar onde o perfil dos pontos comerciais mudou restando apenas três empreendimentos. Pixações também são comuns em prédios e muros. Diante disso, o presidente da Associação dos empresários do Polo Pina, Josias Mariano, se uniu numa mobilização entre a sociedade, a imprensa e o poder público para tentar resgatar o espaço. Os comerciantes reivindicam ações da prefeitura para a melhoria da infraestrutura, possibilitando melhores condições de lazer aos turistas e visitantes.
Fotos: www.pousadapeter.com.br