sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Buracos em pistas e calçadas causam transtornos a motoristas e pedestres no Recife

Buracos na rua Imperial, Centro do Recife
A grande quantidade de buracos e de calçadas deterioradas com o tempo atrapalha o deslocamento de veículos e pedestres numa cidade. No Recife não é diferente. Na capital pernambucana, os buracos representam um desafio para a mobilidade urbana e o atraso de uma região que se prepara para receber uma copa do mundo. Em dias de chuva, a situação piora para quem precisa transitar a pé em trechos alagados, principalmente em ruas que não são pavimentadas.

Além disso, a demora no conserto de crateras abertas por diversos órgãos tem prejudicado a circulação pelas ruas do Recife. Provocados por diversos agentes, os buracos se multiplicam em meio a um impasse entre os responsáveis pelo serviço e a população, quando, por exemplo, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) decide quebrar o calçamento de uma rua para realizar o conserto de uma tubulação. Ao final do trabalho, os funcionários da empresa vão embora sem reparar o dano ocasionado.



As depressões que são feitas na cidade por órgãos públicos e empresas privadas são alvo de constantes reclamações da população, que reinvindica da prefeitura melhores condições para poder circular nesses locais. Mas muitos se negam a fazer o conserto e confundem moradores dessas localidades quando alegam que a responsabilidade é da prefeitura. Porém, a Prefeitura do Recife diz que a responsabilidade é de quem causou o problema. A Compesa, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) entre outros órgãos públicos e privados, como empresas de telefonia estão entre os causadores dos buracos recifenses.

A grande quantidade de crateras cobertas por água, pedras ou entulhos viraram uma armadilha para veículos e pedestres. Em contrapartida, a Prefeitura do Recife tenta sanar temporariamente o problema com a Operação Tapa Buraco, onde caminhões com funcionários da Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb) circulam pela cidade na tentativa de minimizar os problemas decorrentes dos buracos e crateras abertas no asfalto.

Mas o problema dos buracos não se resume apenas em ruas e pistas de pouco movimento. As BRs que cortam o País também carecem de infraestrutura. Em muitos trechos, o mato esconde placas de sinalização complicando a vida de motoristas que seguem pelas rodovias temendo ser alvo de bandidos, que se aproveitam da situação precária das estradas para cometer assaltos. Para se ter uma dimensão do problema, muitos motoristas são obrigados a diminuir a velocidade quando se deparam com trechos esburacados, e isso favorece a ação dos criminosos.

As péssimas condições das estradas brasileiras revelam um atraso na área de transportes do País. Como o Brasil utiliza pouco as ferrovias, o crescimento econômico da nação fica totalmente ligado ao pouco eficiente sistema rodoviário. Os buracos se estendem do Oiapoque ao Chuí e mostram a necessidade de uma intervenção do governo. A má conservação das estradas brasileiras é apontada como o principal problema de infraestrutura do País.

Buracos do Recife ganharam página na internet

Um site na internet foi criado para registrar os buracos nas vias do Recife e cobrar soluções do poder público. As pessoas podem acessar o site através do endereço eletrônico buracosdorecife.com.br. Na página, fotos de locais que sofrem com o problema e seus respectivos endereços. Os organizadores do site apresentam a página na internet como manifesto de protesto para cobrar ações efetivas da Prefeitura do Recife com relação ao problema.

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