sexta-feira, 31 de maio de 2013

Festa da Igreja Católica pode ser paga com dinheiro público no Rio

O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida pelo Vaticano para a realização da Jornada Mundial da Juventude, que ocorre a cada dois anos e reúne jovens de todo o mundo. Na ocasião, o papa Francisco transmitirá uma mensagem religiosa aos fiéis. Mas esse evento da Igreja Católica vem causando polêmica, tudo porque parte do pagamento destinado à JMJ (5 milhões) poderá vir dos cofres públicos. Estimado em um total de R$ 130 milhões necessários para a realização do encontro, o restante será patrocinado pela iniciativa privada.

Segundo uma matéria publicada na página da Folha Universal na internet, foi criada uma emenda incluída na Assembléia Legislativa do Rio que prevê os cinco milhões para a realização da festa católica. A emenda que prevê o uso dos recursos públicos foi apresentada pela deputada estadual Myriam Rios, que faz parte do movimento Renovação Carismática, ligado à Igreja Católica. São esperados cerca de 2,5 milhões de fiéis nos seis dias do evento, que será realizado nos dias 23 até o dia 28 de julho.

A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo papa João Paulo II, em 1985 e ocorre em uma cidade escolhida pelo Vaticano. Na cidade do Rio de Janeiro, o palco principal será montado no Aterro do Flamengo. Os congestionamento podem piorar durante a realização do evento. O dinheiro que poderia ser usado em saúde, educação, segurança e outros benefícios à população, vai pagar a cerimônia de uma organização religiosa em detrimento de outras religiões. 

Aos jornalistas de um site de notícias, a assessoria do evento informou que a emenda foi uma iniciativa da deputada Myriam Rios, que, por sua vez, não quis se pronunciar no assunto. A Arquidiocese do Rio também afirmou que não responde pela realização do evento, que possui uma organização própria. Para muitos católicos, o evento religioso trará benefícios ao país, como alavancar o turismo e aquecer a economia.