sexta-feira, 16 de abril de 2010

O que fazer com tanto lixo?


Nunca o problema do lixo ganhou tanta repercussão como hoje, em pleno século XXI. Todos os dias, as cidades produzem toneladas de lixo, que normalmente são depositados em lixões a céu aberto ou aterros sanitários. Apenas uma pequena parcela de todo o lixo produzido no Brasil, cerca de 2% é reciclado. Do restante, 88% que é levado aos aterros e lixões, 0,5% é incinerado contra 17% do lixo produzido nos Estados Unidos. A incineração, processo pelo qual os resíduos são destruídos quando elevados a altas temperaturas através do fogo, ainda recebe críticas de ambientalistas, pois leva em conta uma desvantagem: a poluição do ar, decorrente da queimada do lixo.

Um dos problemas do lixo é que há cada vez menos espaço para depositá-lo, e buscar novos locais para o armazenamento exige estudo e planejamento da área para saber os impactos ambientais que isso pode causar. Muitas vezes, árvores são derrubadas para dar lugar aos lixões. No período de chuvas, a água em contato com os resíduos forma um liquido chamado chorume, que penetra no solo contaminando os lençóis subterrâneos de água. A água contaminada, ao se misturar com a água de poços abertos no solo pode se tornar muito perigoso, pois se essa água for ingerida ela pode trazer sérios problemas para o organismo.

Outro fato importante que não devemos esquecer é sobre o lixo hospitalar. Esse material, por ser perigoso devido ao grande risco de contaminação, deve ser depositado em locais adequados, específicos para o descarte desse lixo ou devem ser incinerados. Para isso, os próprios hospitais contratam empresas que realizam esse tipo de serviço. Afinal, o lixo hospitalar nunca deve ser descartado junto ao lixo comum, pois o simples contato com esse material pode ser prejudicial à saúde.

Apesar dos impactos ambientais e dos recursos gastos para armazenar o lixo de forma correta, o lixo também representa fonte de renda para muita gente. Materiais como papel, plástico, vidro e sucata podem ser vendidos nos ferros-velho ou doados aos postos de coleta seletiva. Só no Recife, onde a coleta seletiva foi implantada há alguns anos, toneladas de materiais recicláveis são recolhidas diariamente, além de empresas que doam seus materiais para essas cooperativas de catadores.

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