quarta-feira, 28 de abril de 2010

Infância perdida


No Brasil, cada vez mais crianças começam a trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Os altos índices de desigualdade social e analfabetismo reforçam essa estatística. Sem perspectiva de um emprego melhor, os pais colocam os filhos para trabalhar e assim ajudar na renda familiar. Muitos até abandonam os estudos para se dedicar somente ao trabalho e, com isso, perdem as esperanças de um futuro melhor. Para os rapazes, o trabalho árduo começa cedo. Já algumas moças, sem ter nenhuma opção de vida acabam entrando no mundo da prostituição.

Na última década, o governo brasileiro ratificou convenções internacionais sobre o assunto e o combate ao trabalho infantil se tornou prioridade na agenda nacional.
A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos. Um exemplo de um destes países é o Brasil, em que nas regiões mais pobres este trabalho é bastante comum. A maioria das vezes ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. O trabalho infantil ainda é um problema grave no Brasill. Mais de 5 milhões de jovens entre 5 e 17 anos de idade trabalham no país , apesar da lei estabelecer 16anos como a idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), em 1999 essa mão-de-obra invísivel tinha um exército silencioso de 7,5 milhões de menores. E muitas dessas crianças sequer entraram numa sala de aula na vida. Outro agravante é a qualidade de ensino em muitas escolas públicas. Desestimulados e ganhando pouco, professores ainda teem que conviver com a falta de infra-estrutura adequada (biblioteca, sala de informática, laboratórios de pesquisa, etc.) para receber os alunos, que acabam sendo o reflexo dos altos índices de repetência no país.

Com isso, o sonho de cursar uma faculdade, para muitos, vai ficando para tras. A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Contudo, o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe uma grande contribuição ao garantir direitos específicos para a criança e para o adolescente, além de propor políticas integradas de atendimento. Vale destacar os programas sociais que o governo oferece às crianças e aos jovens de baixa renda (Peti, Bolsa-Escola, Pró-Jovem) para que eles tenham uma oportunidade de estudar e ingressar no mercado de trabalho.


Foto: www.uol.com.br Fonte: Wikipedia

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