sexta-feira, 29 de março de 2013

Instituto IACE encerra suas atividades após sete anos

Solenidade no Cremepe marcou fim da entidade
Criado em 2006, o Instituto Antônio Carlos Escobar foi instituído com o objetivo de chamar a atenção de todos para o fim da violência. Na época, o número de assaltos a mão armada em ônibus e semáforos do Recife cresciam com frequência. Mas a ideia de criar o instituto partiu da família do médico e psicanalista Antônio Carlos Escobar, que foi morto em dezembro de 2005 após usar a buzina de seu carro para chamar a atenção para um assalto que ocorrera a um veículo à sua frente, quando parou num semáforo na avenida Herculano Bandeira, no Pina, Zona Sul do Recife.

A morte de Escobar, na época, gerou muita repercussão na imprensa local. A partir de então, começava a luta dos familiares da vítima pelo fim da criminalidade, com a criação do IACE, em 2006. A entidade ficou conhecida pela luta contra a violência, através da realização de protestos e estudos sobre os crimes violentos no estado. Ao longo de sete anos de atividades, foram promovidas pelo instituto mobilizações pelo fim da violência no intuito de fazer os políticos criarem medidas para inibir os registros de violência no estado de Pernambuco. Em 2007, o primeiro passo é dado com a criação do programa de segurança pública "Pacto Pela Vida".

Uma das campanhas do IACE reuniu 37 representantes de diversas entidades, algumas ligadas aos direitos humanos. O movimento divulgando a violência foi divulgado em outdoors e outbuses, com imagens de vítimas da violência. Em 2006, Pernambuco registrava uma taxa de 55 homicídios para cada 100 mil habitantes. Com a implementação de ações de segurança pelo governo do estado, este número caiu para 37 em 2012.

Segundo o psicanalista José Carlos Escobar, irmão de Antônio Carlos Escobar e um dos fundadores do IACE, a instituição cumpriu sua missão de cobrar investimentos do poder público. Nos últimos seis anos, o índice de violência caiu significatimente, por conta da criação do Pacto Pela Vida. No último dia 21 deste mês, uma cerimônia no Conselho Regional de Medicina (Cremepe) marcou o dia que oficializou o fim das atividades. As ações e a história do IACE foram registradas numa revista que foi lançada na semana passada.

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