domingo, 20 de março de 2011

Japão sofre o pior terremoto da história do país

Mapa localiza epicentro do tremor
O forte terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o nordeste do Japão causou a maior destruição por tremor de terra na história do país. Após o tremor, os japoneses ainda conseguem encarar com integridade sua pior crise desde a 2° Guerra Mundial. Um tsuname também atingiu o Japão, devido ao terremoto ter se originado no mar. Vários países, inclusive o Brasil, estão enviando ajuda como água, comida e tropas militares para missões de paz.

Os tremores se iniciaram por volta das 2:45 h da madrugada (horário de Brasília) do último dia 11 (sexta-feira) e deixaram grandes prejuízos. Estabelecimentos comerciais, prédios, casas, fábricas e até estações de trem tiveram perdas incalculáveis. Conforme evolui a situação, as perdas derivadas do terremoto continuam aumentando. Segundo cálculos de duas empresas americanas, os prejuízos podem ultrapassar os US$ 100 bilhões. Além de ser um país vulnerável a grandes terremotos, o arquipélago japonês é uma das zonas com maior atividade sísmica do mundo, pois se localiza próximo à divisão de duas placas tectônicas.

As operações de resgate aos milhares de desaparecidos contam com um contingente de especialistas em salvamento de quase 70 países. Até a China, que mantém tensas relações com o Japão, anunciou o envio de uma equipe para a nação vizinha. Em meio a tanta devastação, as equipes de resgate tentaram, sem sucesso, resfriar reatores da usina de Fukushima. Mas um dia após o tremor, a usina nuclear de Fukushima  sofreu uma explosão. O temor agora é que a radiação cause danos irreversíveis à saúde da população japonesa. Até países vizinhos temem que a radiação se espalhe, contaminando também seus habitantes. Moradores dos arredores da central nuclear foram aconselhados a permanecer em casa, proteger o rosto com máscaras ou toalhas molhadas e não beber água encanada. O local apresenta um nível de radioatividade 20 vezes superior às condições normais. Segundo especialistas, os efeitos do contato com a radiação provoca alterações na célula, mutações, problemas na tireóide e esterilidade, além de diversos tipos de câncer.

Devastação afetou o nordeste do Japão

O nível de radiatividade subiu para acima do nível permitido, e isso se somava aos esforços exaustivos de especialistas para tentar reduzir o superaquecimento de vários reatores. A situação da usina de Fukushima, situada a cerca de 270 km de Tóquio, é tensa. O governo japonês centralizou os esforços em diminuir a temperatura em dois dos seis reatores de água em ebulição da central, o 1 e 3, que estão operando desde 1971 e 1976, respectivamente. Os responsáveis da central ainda injetaram água do mar para tentar abaixar a temperatura e evitar um desastre, embora fosse constatado problemas em uma válvula.

Cerca de 180 mil moradores foram retirados de suas casas, num perímetro de 20 km em torno da central, mas pouco mais de trinta pessoas ficaram expostas à radiatividade e a preocupação das autoridades japonesas é que esse número se some às 160 pessoas que serão submetidas a exames. Até agora, 11 usinas detiveram sua atividade após o tremor, como estabelece o protocolo japonês de emergência. Segundo a revista Veja, o terremoto já havia provocado uma alteração de 16,9 centímetros no eixo da Terra, além de acelerar em 1,8 milionésimo de segundo o movimento de rotação do planeta. O caos ocorrido no Japão  com a ameaça de uma contaminação em massa por altos níveis de radiação chegou a ser comparado ao que aconteceu em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando um acidente de proporções semelhantes numa usina contaminou cerca de 2,3 milhões de pessoas e foi considerado o pior acidente nuclear da história.

Fotos: g1.com.br e planetx.com.br

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