quarta-feira, 23 de junho de 2010

TV Jornal exibe série de reportagens em homenagem a seus 50 anos


A TV Jornal fez história na televisão brasileira. Neste ano, a emissora mudou seu logotipo e veiculou em seus comerciais trechos inéditos dos tempos áureos da emissora, em homenagem aos seus 50 anos, com a participação de artistas e pioneiros da época, como Vanderléia, Roberto Carlos, Jorge José, Carmem Peixoto, José Alencar entre outros. Nesta semana, a emissora exibiu uma série de reportagens em seus telejornais, em homenagem a seu aniversário de 50 anos. As imagens em preto e branco consagraram a televisão Jornal do Commercio como pioneira no campo televisivo na década de 60. As limitações técnicas da época se faziam presente num tempo onde a criatividade e a dedicação de profissionais faziam a diferença na programação.

Fundada em 18 de junho de 1960 pelo empresário Francisco Pessoa de Queiroz, a TV Jornal do Commercio (nome da empresa na época) transmitia programas de auditório, programas infantis, peças de teleteatro, desenhos, telejornais e novelas, entre elas a novela "A moça do sobrado grande", que fez tanto sucesso que foi comprada pela Rede Bandeirantes e exibida para todo o país, no final da década de 60. A novela ficou conhecida por ser a única novela gravada na cidade do Recife com artistas e técnicos pernambucanos.

E quem acompanhou tudo de perto foi Jorge José Barros de Santana, ou simplesmente Jorge José, como é conhecido. Nascido sob o signo de peixes, como consta em seu livro, intitulado "A Televisão Pernambucana Por Quem a Viu Nascer", que, segundo o horoscópo, remete-o a tarefas no campo artístico, com 12 anos, ainda nos idos de 1954, inicia sua carreira no rádio, levado por Ziul Mattos, famoso locutor dono de uma bela voz. Jorge José acompanhou durante muitos anos a trajetória da TV Jornal.

Na década de 70, a TV Jornal passou por uma crise financeira, pois surgiram novas concessões de canais no Sul do país e isso levou muitos artistas pernambucanos a migrarem em busca de novos desafios e salários mais significativos - as propostas eram tentadoras e os convites eram irrecusavéis. Decorridos 10 anos, a situação da televisão só piorava: a antena estava deteriorada, os equipamentos sucateados, os funcionários desmotivados. O problema era tão crítico que até os poucos comerciais exibidos "tremiam" e "rolavam" sem cessar no vídeo, devido ao desgaste dos videoteipes.

Mas a situação já se encontrava aparentemente resolvida após essa crise que se arrastou durante quase 20 anos e que quase levou a empresa à falência. Muitos grupos de fora chegaram a demonstrar interesse pela compra da empresa, - mas os recursos para recupará-la eram monstruosos - questões trabalhistas, dívidas e compra de novos equipamentos. Não dava para resolver tudo isso de uma vez. E também não se podia confiar num grupo que adquirisse a empresa mas que não tivesse nenhum compromisso com a cultura pernambucana. Foram anos de muito trabalho e sacrífico para recuperar a emissora, desta vez sob o controle acionário nas mãos do empresário João Carlos Paes Mendonça, um sergipano radicado em Pernambuco, e, em 1997, a empresa quitava todas as suas dívidas.

E hoje a emissora está aí, forte e ativa, graças ao trabalho deste grande empresário. E a TV Jornal, além de ser a emissora do pioneirismo, também foi a primeira emissora de Pernambuco a transmitir em sinal digital: em 27 de maio de 2009. E, este mês, para comemorar seus 50 anos de existência, a emissora exibiu, semana passada, nos dias 17 e 18 de junho, um programa especial que contou com a presença de artistas da casa e cantores pernambucanos. Mais informações, os internautas podem acessar o site: www.tvjornal.com.br.

Confira algumas fotos dos tempos áureos da emissora:





Fonte: livro "A televisão pernambucana por quem a viu nascer", Jorge José.

Fotos: livro "A Televião pernambucana por quem a viu nascer"/ Jorge José Barros de Santana, págs. 12,21,72 e 117.

As fotos publicadas neste blog estão devidamente creditadas e autorizadas.

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